14 novembro, 2012

Cortes impedem politécnicos de funcionarem em 2013

Manter politécnicos a funcionar custará pelo menos os 17,2 milhões, dinheiro que as Finanças lhes tiraram aos orçamentos
Os institutos politécnicos não têm condições para funcionar durante todo o ano de 2013 se o Governo não recuar nos cortes orçamentais que lhes impôs em outubro, alertaram os representantes do seu Conselho Consultivo. Manter os politécnicos a funcionar custará pelo menos os 17,2 milhões que as Finanças lhes tiraram aos orçamentos no mês passado, disse o vice-presidente do CCISP, Rui Teixeira, numa audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura. O também responsável pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo frisou que os politécnicos só pedem que sejam repostas as condições de financiamento de julho passado, que lhes permitiram fazer um orçamento para 2013 «no limite dos limites». Já nessa altura foram confrontados com cortes de 3,2 por cento do seu financiamento, mas o corte suplementar de 6,6 % anunciado em outubro acabou com o resto. Funcionar com 9,8 por cento de cortes, que significam menos 25,7 milhões de euros em relação a 2012, não é possível garantiu, afirmando que este orçamento «não é de todo executável». Rui Teixeira afirmou que, com base nos valores de julho, os politécnicos constituíram turmas, contrataram pessoas e que «não faz sentido agora fechar cursos e mandar os alunos para a rua». «Vamos ser incumpridores constantes, não podemos pagar ao Estado as prestações sociais, só temos dinheiro pagar durante nove meses as contribuições para a Caixa Geral de Aposentações e para a Segurança Social», garantiu. Questionado por alguns deputados da oposição, Rui Teixeira afirmou que os politécnicos não vão despedir pessoas nem aumentar propinas, reiterando que «está em risco a missão das próprias instituições» e que estas estão numa «situação intransponível».
Publicado em 'TVI24'.

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